Episódio 22 – A
história de Lucy
Pegasus
correu até o mais alto monte de Pewter. O local gramado estava perturbado pelo
forte vento que derrubou a toca de sua cabeça. Uma tempestade estava vindo, mas
ele não ligava. Queria ficar sozinho, isolado, queria pensar em paz. Sentou-se
no chão enquanto olhava o vento passar pela calma cidade. No parque, alguns
treinadores iam embora para fugir da chuva, outros não se importavam. Viu Jiro
saindo do ginásio, estava feliz, com certeza tinha ganhado a insígnia. Olhou
mais em volta, não tinha nenhum encapuzado ou com o uniforme da esquipe Rocket.
Ela estava finalmente livre das organizações. Porém isso não diminuiu a
tristeza do treinador que abraçou as próprias pernas. As lembranças da batalha
não estavam ajudando em nada, ele nunca mais queria ver seus pokémons sofrerem
como naquela batalha. Ele olhou para as quatro pokébolas enquanto se lembrava
de quando os capturou:
- Oshawott,
Ponyta, Oddish, Ralts, me desculpem! Eu prometo que nunca mais farei
isso com vocês. Já é a segunda vez que os coloco em risco. Não quero que se
machuquem – Todos os pokémons deixaram suas pokébolas e surgiram em volta do
treinador confortando-o com abraços. Oddish e Ralts mesmo sendo pokémons recém capturados,
já tinham uma ligação com Pegasus. Pegasus deixou as lágrimas descerem pelo
rosto. Nunca pensou que teria Pokémon tão dispostos a obedecê-lo em qualquer
situação. Naquele momento Lucy surgiu:
- Já fiquei sabendo do que aconteceu – disse Lucy sentando-se
do lado do grupo – Ainda não entendi porque ficou triste com uma derrota.
- Não foi a derrota – explicou Pegasus limpando o rosto –
Coloquei meus pokémons em risco numa batalha de pokémons poderosos. Eu nem
pensei no que poderia acontecer, nas consequências disso.
- Ouça. Você fez o mesmo que muitos treinadores por ai
fazem. Apenas quis testar sua força contra um treinador mais forte e experiente
– disse Lucy tentando confortá-lo – E eu acho muito bonito essa preocupação que
você tem por eles. Nem metade dos outros pensam nisso. São capazes até jogar
fora seus pokémons e maltratá-los. Você não é um treinador ruim.
- Obrigado, você tem razão – disse Pegasus olhando para sua
amiga. Seu cabelo branco balançava ao vento. Ela estava sorrindo de olhos
fechados, suas bochechas estavam rosadas. Pegasus devolveu o sorriso e
perguntou – Você já viveu uma situação como essa?
- Não, mas foi parecida – respondeu Lucy tirando alguns fios
de cabelo da frente do rosto – Eu era muito boba no início da minha jornada.
Tenho o Misdreavus a algum tempo e sempre entrava em batalhas por diversão.
Nunca ligava se vencia ou perdia. Até meu irmão me dar uma coça em uma batalha
e falar várias coisas para mim. Então me
tornei uma treinadora impiedosa que só entrava em batalhas para vencer e humilhar
meu oponente. Até você abrir meus olhos para a realidade. Por estou eternamente
agradecida a você.
A garota abraçou Pegasus, os pokémons ficaram felizes por
verem seu treinador sorrindo novamente. A chuva estragou aquele momento dos
dois, tiveram que correr de volta para a cidade na direção do centro Pokémon.
Totalmente molhados, podia-se ver claramente que a roupa de Lucy estava ficando
transparente em algumas partes. Envergonhada, correu para os dormitórios para
trocar de roupa. No centro Pokémon, Pegasus encontrou Brock. Ele estava
ajudando a enfermeira com o atendimento já que ela não podia ficar parada em
nenhum momento. Pegasus corou, não pensava em encontrar o líder de que fugiu.
- Oi! Ainda bem que te encontrei – disse Brock andando até o
treinador molhado – Você vai acabar pegando uma gripe molhado desse jeito!
Venha, vou te levar para um quarto.
Durante a caminhada Brock conversava com o jovem treinador:
- Não entendi porque saiu correndo daquela forma.
- Não queria que meus pokémons continuassem se machucando
naquela batalha. Era idiotice continuar – respondeu.
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