quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Episódio 22 – A história de Lucy

Episódio 22 – A história de Lucy


                Pegasus correu até o mais alto monte de Pewter. O local gramado estava perturbado pelo forte vento que derrubou a toca de sua cabeça. Uma tempestade estava vindo, mas ele não ligava. Queria ficar sozinho, isolado, queria pensar em paz. Sentou-se no chão enquanto olhava o vento passar pela calma cidade. No parque, alguns treinadores iam embora para fugir da chuva, outros não se importavam. Viu Jiro saindo do ginásio, estava feliz, com certeza tinha ganhado a insígnia. Olhou mais em volta, não tinha nenhum encapuzado ou com o uniforme da esquipe Rocket. Ela estava finalmente livre das organizações. Porém isso não diminuiu a tristeza do treinador que abraçou as próprias pernas. As lembranças da batalha não estavam ajudando em nada, ele nunca mais queria ver seus pokémons sofrerem como naquela batalha. Ele olhou para as quatro pokébolas enquanto se lembrava de quando os capturou:
- Oshawott, Ponyta, Oddish, Ralts, me desculpem! Eu prometo que nunca mais farei isso com vocês. Já é a segunda vez que os coloco em risco. Não quero que se machuquem – Todos os pokémons deixaram suas pokébolas e surgiram em volta do treinador confortando-o com abraços. Oddish e Ralts mesmo sendo pokémons recém capturados, já tinham uma ligação com Pegasus. Pegasus deixou as lágrimas descerem pelo rosto. Nunca pensou que teria Pokémon tão dispostos a obedecê-lo em qualquer situação. Naquele momento Lucy surgiu:
  - Já fiquei sabendo do que aconteceu – disse Lucy sentando-se do lado do grupo – Ainda não entendi porque ficou triste com uma derrota.
- Não foi a derrota – explicou Pegasus limpando o rosto – Coloquei meus pokémons em risco numa batalha de pokémons poderosos. Eu nem pensei no que poderia acontecer, nas consequências disso.
- Ouça. Você fez o mesmo que muitos treinadores por ai fazem. Apenas quis testar sua força contra um treinador mais forte e experiente – disse Lucy tentando confortá-lo – E eu acho muito bonito essa preocupação que você tem por eles. Nem metade dos outros pensam nisso. São capazes até jogar fora seus pokémons e maltratá-los. Você não é um treinador ruim.
- Obrigado, você tem razão – disse Pegasus olhando para sua amiga. Seu cabelo branco balançava ao vento. Ela estava sorrindo de olhos fechados, suas bochechas estavam rosadas. Pegasus devolveu o sorriso e perguntou – Você já viveu uma situação como essa?
- Não, mas foi parecida – respondeu Lucy tirando alguns fios de cabelo da frente do rosto – Eu era muito boba no início da minha jornada. Tenho o Misdreavus a algum tempo e sempre entrava em batalhas por diversão. Nunca ligava se vencia ou perdia. Até meu irmão me dar uma coça em uma batalha e falar várias coisas para mim.  Então me tornei uma treinadora impiedosa que só entrava em batalhas para vencer e humilhar meu oponente. Até você abrir meus olhos para a realidade. Por estou eternamente agradecida a você.
A garota abraçou Pegasus, os pokémons ficaram felizes por verem seu treinador sorrindo novamente. A chuva estragou aquele momento dos dois, tiveram que correr de volta para a cidade na direção do centro Pokémon. Totalmente molhados, podia-se ver claramente que a roupa de Lucy estava ficando transparente em algumas partes. Envergonhada, correu para os dormitórios para trocar de roupa. No centro Pokémon, Pegasus encontrou Brock. Ele estava ajudando a enfermeira com o atendimento já que ela não podia ficar parada em nenhum momento. Pegasus corou, não pensava em encontrar o líder de que fugiu.
- Oi! Ainda bem que te encontrei – disse Brock andando até o treinador molhado – Você vai acabar pegando uma gripe molhado desse jeito! Venha, vou te levar para um quarto.
Durante a caminhada Brock conversava com o jovem treinador:
- Não entendi porque saiu correndo daquela forma.

- Não queria que meus pokémons continuassem se machucando naquela batalha. Era idiotice continuar – respondeu.

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